quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Marketing Relacional


O Marketing relacional tem a sua origem numa simples técnica de vendas, provada e comprovada, que remonta aos primeiros dias do comércio e que, pela massificação da economia, acabou por ser abandonada. Hoje, dado o imenso desenvolvimento das tecnologias de informação, foi recuperada e desenvolvida enquanto modelo de marketing capaz de dar suporte ao conhecimento do cliente.
No tempo dos nossos avós todos éramos tratados, empiricamente, de forma one-to-one. Os consumidores eram conhecidos pelo nome, sabia-se onde viviam, que tipo de produtos consumiam e quando os necessitavam. Sabia-se também como queriam que esses produtos fossem entregues e como costumavam pagar as suas contas. Tudo isto era objecto de registo na memória do lojista.Nesta perspectiva, dividiam-se inconscientemente os clientes em grupos de maior ou menor valor para o negócio. Desta forma, personalizavam-se os serviços e produtos para que se adequassem às necessidades e ao valor de cada cliente.


O Marketing relacional é o resultado da evolução natural do Marketing Directo e hoje em dia é aplicado através de diversos modelos de marketing como o Permission Marketing, o Marketing one-to-one e outros. Esta ideia é muitas vezes camuflada de diferentes maneiras mas, no fundo, todas querem dizer o mesmo – construção e desenvolvimento de relações entre a Marca e os seus Clientes, enquanto indivíduos com vontade própria, inteligência e necessidades específicas.
Uma relação com o consumidor não se estabelece de um dia para o outro; há que construí-la, há que ganhar confiança mútua, tal como numa relação de amizade onde a confiança só se adquire com o tempo. E enquanto estas etapas se vão construindo, vai-se notando uma mudança na atitude das empresas que as adoptam.

sábado, 18 de outubro de 2008

Marketing de Crise


Acaba de ser lançado o livro Da Gestão de Crise ao Marketing de Crise, da autoria de J. Martins Lampreia.Esta obra revela tudo o que é necessário saber para gerir uma situação de crise nos negócios e para obter o aproveitamento máximo das novas janelas de oportunidades que se abrem para uma empresa quando esta se vê confrontada com uma situação de crise.O livro, que passa por ser um guia mais actualizado disponível no mercado sobre esta matéria, aborda as duas grandes temáticas envolvidas numa crise institucional: a gestão pré e pós – crise e o respectivo marketing a ser elaborado.O marketing de crise é a nova ferramenta de gestão que visa ajudar a relançar uma empresa que tenha acabado de enfrentar uma situação crítica. A ideia de não ver numa crise apenas o perigo que ela representa, mas também as possíveis oportunidades que delas surjam. Sem dúvida, uma nova e muito interessante ferramenta da gestão e do marketing.


Quem é o J. Martins Lampreia?
É administrador da agência de comunicação Omniconsul. Trabalha há 30 anos no sector da comunicação, tendo exercido a sua actividade como consultor, lobista (o único acreditado no Parlamento Europeu), professor e autor de várias obras (Gestão de Crise; Comunicação Empresarial; Lóbi – Ética, Técnica e Aplicação; ABC do Lóbi; entre outras). Saiba mais em http://www.martinslampreia.com/
Este é um dos bom exemplos de que quando surge uma críse mundial, existem países que saem beneficiados com os problemas dos outros, surgem novas oportunidades.

TODAS AS IDEIAS PODEM TER VIRUS ?


O marketing viral é uma forma de comunicação que, quando bem sucedida, impacta um elevado número de consumidores. Porém, é uma técnica que prima pela incerteza quanto aos resultados. Alguns publicitários revelam a fórmula que pode tornar uma campanha viral eficaz.Em Setembro de 2005, ao referir-se aos atributos que levam uma ideia a ganhar proporções virais, Seth Godin escreveu no seu blogue: “Nietzsche é difícil de compreender e perigoso de difundir, logo movimenta-se devagar no meio das pessoas que desejam gastar bem o seu tempo”. Com esta frase, o especialista em marketing queria tão só sublinhar que as ideias com maior capacidade de difusão são transparentes, divertidas e fáceis de partilhar. Afinal de contas é de partilha que este artigo se debruça e, convenhamos, embora a obra do filósofo alemão possa dispensar a atenção de muitos leitores, não terá, com certeza, os ingredientes necessários para que a mensagem aí contida deflagre como um vírus na internet.
O fundamento do conceito do Marketing Viral é basicamenteo "boca-a-boca". Cada vez mais, as ideias de maior sucesso são aquelas que se espalham e crescem pelo relacionamento de clientes com outros clientes.
Assim, ao invés de se "empurrar" marketing para as pessoas, cria-se um ambiente em que os próprios consumidores fazem marketing uns aos outros. Por exemplo, ao sugerir um website, ao enviar uma noticia, um produto ou um artigo a um amigo, cliente e/ou fornecedor, estamos a fomentar o marketing viral e específico, já que estamos a fazer chegar a um potencial cliente uma informação que lhe pode interessar.
O objectivo de uma campanha de Marketing Viral é precisamente este: criar um ambiente que potencie a rápida disseminação de uma ideia, serviço ou produto, dos consumidores para os consumidores...
A principal vantagem é a velocidade e quantidade de consumidores que poderemos atingir com esta tecnica de comunicação.
Este é um bom exemplo de marketing viral

domingo, 12 de outubro de 2008

Comunicação: conceitos, fundamentos e história

Comecemos por falar brevemente sobre o nosso objecto de estudo: o processo de comunicação.
Ele representa um dos fenômenos mais importantes da espécie humana.
Compreendê-lo, implica voltar no tempo, buscar as origens da fala, o desenvolvimento
das linguagens e verificar como e por que ele se modificou ao longo da história.

terça-feira, 7 de outubro de 2008

A Eficácia na Comunicação das Marcas

Para as Marcas, como em muito da nossa vida quotidiana, não há um plano geral. São Marcas, simplesmente. O que é já de si muito e difícil. Estas não têm um projecto, um objectivo são elementos que, no fundo, pretendem viver de per si, mas querem ser tudo, ou quase tudo, na vida do consumidor. Ao não quererem ser apenas Marcas, mas interagir (e como tal condicionar) com o consumidor, acabam por protagonizar ao mesmo tempo, o predicado e o sujeito querem a mudança do consumidor, mas também querem fazer parte dele. Acabam por integrar também o seu perfil, a sua identidade e aspirações. Entramos então no plano em que a Marca se define, não tanto no momento de consumo, mas no momento aspiracional de desejo de consumo e na identificação com os "valores/atributos" que a Marca acaba por comunicar, dentro ou fora do consumo. Saber se uma comunicação publicitária é ou foi eficaz parte deste diálogo, mas também da antinomia entre Marca e consumidor. Uma Marca que o seja, principalmente fora dos momentos estritos de consumo, é de certeza uma grande Marca. Uma comunicação eficaz será aquela que consiga trabalhar nos vários planos. Na nossa vida, à medida que percepcionamos que um Mundo global nos cerca, sabemos que a identidade, a forma e conteúdo, a diversidade e a capilaridade marcam os nossos dias. O mesmo acontece com as Marcas trabalhar com estas, ter em conta os seus objectivos e público-alvo, não basta. Temos de acrescentar valor e trabalhar com as agências criativas, os meios e outras entidades que trabalham na Comunicação. Os prémios, esses, são das Marcas. E, por isso, de todos. Principalmente dos consumidores.

Luis Mergulhão
CEO do grupo OMD em Portugal